XXVI Machadaco-17-a-19-de-novembro-de-2006

As nuvens da insegurança e expectativa negativa criadas pela decepção do XXIV Machadaço, quando sofremos nosso maior revés, não se materializaram.
Preparamo-nos e preparamos o palco, tal qual se prepara um grande espetáculo. Era ainda terça-feira, 14 de novembro, e já estávamos em cena, Augusto, Jorge, Gordo, Raimundi, Alci e eu. Expectativa.
Rancho feito, bebida encomendada, carne escolhida, instalações elétricas e hidráulicas revisadas e funcionando perfeitamente, nos entregamos, então, a angustiante e tediosa tarefa de aguardar a chegada dos parentes.
Para enganar o tempo e a ansiedade, transformamos, na faca, 15 quilos de carne e granito de ponta de peito, em 15 quilos de lingüiça no melhor estilo campeiro.
Noticiários davam conta de que o tempo conspirava contra o XXVI Machadaço. Dúvidas quanto ao não comparecimento motivado pela chuva anunciada, martirizava nosso pensamento. A sexta-feira trouxe uma manhã escura. Trouxe o tão esperado micro ônibus com o pessoal de Montenegro e Porto Alegre. Só houve tempo para armarem as barracas e desabou pesado e demorado aguaceiro que predominou até o final do encontro.
Acredito que a sábia natureza mandou tamanha chuvarada que elevou o nível do Rio Rabão para lavar a mácula deixada pelo evento frustrado de 2005.
Dos lados de “Monti” vieram figurinhas carimbadas em Machadaços. Cide, Amarante, Edson, Athos, César, Carlinhos, seus filhos Israel e “Tiburcio” com seu convidado. O Gilberto e seu inseparável “genro”.
Com Carta de Alforria renovada, assinada e com firma reconhecida, chegou livre, leve e solto o Paulo César (PC). Um dos mentores do 1º Encontro dos Descendentes de Israel Rodrigues Machado e Hermínia Antonia de Oliveira trouxe, em mãos, os formulários preenchidos pelos parentes para complemento da Árvore Genealógica. Participativo, comunicativo, alegre e colaborador, como das outras vezes. Sua falha: veio sozinho, devia ter trazido o filho.
Lacunas existiram, ficaram por conta de inconvenientes de saúde e falta de autorização da esposa.     Presente o Flávio Vargas, conhecido poeta e estudioso das nossas tradições. O “seu” Luiz, homem sério e conservador, porém participante das brincadeiras. Por vez primeira o Cezinha (casado com uma Machado), e doravante não aceitaremos sua ausência.
Do Portinho, nos brindaram com suas presenças, o Toninho e o Coronel Rosa Neto, de todos conhecidos.
De São João (PR), veio convidado pelo Maneco, o Osvaldir Augustin, que logo entrou no clima. A julgar por suas palavras, gostou do que viu e viveu.
Augusto, lingüiceiro, (temperou a lingüiça campeira), cozinheiro, providenciou bebida e carne para o churrasco. Fez o charque lasqueado, o arroz branco e o revirado de feijão com arroz (Carijó). Sempre de copo na mão, administrava a cerveja gelada.
Carlos Ulysses, o Gordo, exímio assador e secador (de copos), levou a bom termo seu encargo brindando-nos com dois exuberantes churrascos. Como sempre, dormiu sentado no final da noite.
Jorge ratificou ser merecedor das alcunhas de Jorge Maravalha, Jorge Limalha, Jorge Vesúvio e agora, Jorge Feijão com farofa. Jorge Feijão com farofa porque nos apresentou uma farofa de matambre e um feijão campeiro “Dos deuses”. Somou-se na manufatura da lingüiça campeira. Por solidariedade, formou dueto com Gordo dormindo na cadeira.
Alci. Chegou na terça-feira com seu filho Daniel e convidados. Levou o Jorge de carona. Como sempre, “metido” na cozinha. Preparou a fritada de lambari enquanto a turma degustava uma cervejinha bem gelada. Ajudou na lingüiça campeira. Coou cheirosos e saborosos cafés em sua cafeteira Italiana. Preparou o café da manhã para a gurizada e adultos.     Confirmou ser o Alci que todos conhecemos.
Jones Raimundi, novamente mostrou ser presença garantida nos encontros. Era o primeiro a saudar o novo dia, bater o tição, fazer fogo e começar o mate. Prozeava com todos e presente sempre que alguém necessitava de ajuda.
Leonardo, “o soneca” acompanhado de seu filho Kiko, chegaram sexta feira, já com chuva. Levou no bagageiro de sua “Traquitana”, o fogão a gás doado pelo Maneco. Conhecido da maioria, logo se entrosou com o pessoal e com um Passaport, quadrado, verde e condecorado com muitas medalhas. Não dormiu muito porque o Kiko levou muitas bombinhas para acordá-lo.
Por decisão, quase imposição do Cide e do Rosa Neto, serão feitas placas em madeira entalhada com os nomes de nosso pai Salustiano Machado Sobrinho (LULU). Tios Israel Rodrigues Machado (Amiguinho) e Ayrton Evaristo Dalle Aste que serão afixadas no “Recanto da Saudade”.
Por seis meses, até maio de 2007, o guardião do “TROFÉU MACHADAÇO”, será o nosso querido Antonio Machado Rosa Neto.
Propositadamente, reservamos o final para exortar os nomes do Indalécio e seu filho Fabiano. Utilizando mão de obra, veículo, trator, materiais e produtos de suas atividades na pecuária e agricultura, prepararam a infra-estrutura do local do encontro. É em tom de agradecimento e reconhecimento que deixamos aqui nosso tributo.
Indalécio e Fabiano, nosso muito obrigado.

19/10/2006